Aprendizagem

Educação Emocional - 2024

Durante 2024 há a possibilidade de participar num mini-workshop estruturado especificamente para ir ao encontro d@ participante. Preparei já alguns com temas específicos e que ao longo de mais de 20 anos de experiência profissional e pessoal acredito afectarem muitas pessoas. Cada um destes mini-workshops é facilitado para uma ou duas pessoas no máximo. Com exercícios práticos e teóricos, ferramentas práticas e fáceis de aplicar no dia-a-dia.

A duração de cada mini-workshop é de 5 horas.

Para mais informações pode enviar email clicando aqui.



  • Manutenção da relação a 2

Ao longo de mais de dois mil anos nada mudou nos relacionamentos amorosos. Cada pessoa sabia o seu lugar, e questionar as regras estabelecidas do matrimónio era heresia. O homem trabalhava para o sustento da casa e era responsável pela maioria das decisões. A mulher ficava em casa e cuidava dos filhos. Sexo, para a mulher, resumia-se a estar disponível sempre que o marido a desejasse, e deveria dar-lhe uma descendência. O prazer era domínio dos homens. Até que na segunda metade do século passado surge em simultâneo, e pela primeira vez, a liberdade de expressão e a pílula contraceptiva. E a mulher adquire uma posição de igualdade não só na relação como na obtenção de prazer.

O desafio é aprender novas ferramentas para podermos viver uma relação amorosa, onde tudo é discutível, desde o número de filhos a quem escolhe o local de férias e quem deve apostar na progressão profissional.

Para agravar a situação, o romantismo, corrente literária surgida há cerca de duzentos anos, e que se transformou numa filosofia de vida, contém em si muitos elementos tóxicos. Momentos de romantismo na relação são bons, viver o romantismo a tempo inteiro não só é impossível como destrói qualquer relacionamento.

Nos nossos dias viver uma relação amorosa é próximo de compreender a Teoria de Cordas, com a possibilidade de um desastre de proporções bíblicas a qualquer momento. Desde o número de potenciais parceiros disponíveis (antes eram meia dúzia e viviam por perto, hoje são milhares e podem viver do outro lado do planeta), até haver concordância acerca do que se vai jantar, uma relação é um campo de minas.

Neste workshop (aconselhável sobretudo a casais), iremos ter uma oportunidade de aprender a comunicar, a saber a diferença entre amor e desejo, a permitir-nos ser vulneráveis e a ganhar ferramentas de manutenção da relação.


  • Assertividade e autenticidade

A grande maioria de nós cresceu num ambiente familiar mais ou menos problemático (a excepção são as pessoas que tiveram o privilégio de terem crescido com pais iluminados). Não nos foi ensinado a ter voz, a falar sem medo de castigo ou um sentimento de culpa ou vergonha, e então conseguimos uma espécie de assertividade quando os nossos limites foram há muito ultrapassados, respondendo com uma agressividade passiva (o famoso amuo) ou insultuosa, sem qualquer proveito para ambas as partes.

Por outro lado, ao nos permitirmos autenticidade corremos o risco de sermos vistos como inferiores, desqualificados, avariados ou muito pior, por informarmos acerca dos nossos limites, aquilo que é e não é ok para nós.

O ser humano é naturalmente imperfeito. No entanto exigimos cada vez mais perfeição por parte das pessoas à nossa volta, desde o condutor de autocarro até ao médico, passando pela filha e a vizinha, assim como de nós. Basta observar a forma como reagimos quando alguém faz asneira ou surge um imprevisto.

Neste mini-workshop iremos explorar eventos da infância e adolescência em que fomos envergonhados, ou até castigados, por falar, dizer da nossa experiência, o que queríamos ou não. Ao mesmo tempo que aprendemos quais os nossos valores, o que nos aproxima e afasta dos outros, e como comunicar isto de uma forma saudável.

Será ainda uma oportunidade de adquirir ferramentas práticas que nos permitem resolver qualquer situação de conflito, seja com a filha, o amigo ou até a pessoa para quem trabalhamos.



  • Alterar comportamentos tóxicos

O que é um comportamento tóxico? Muitas pessoas acreditam que é o comportamento, atitude ou hábitos que os outros não gostam ou consideram desagradáveis. Esta definição não só é simplista e errada como também perigosa. Não é possível gostar de alguém a tempo inteiro. O nosso gostar de outro não depende apenas do seu comportamento mas também de nós, se estamos com fome, cansados, com muito trabalho, etc. é praticamente impossível gostar de outra pessoa.

Os comportamentos humanos tóxicos são muito poucos. O desprezo (mandar o outro dar uma volta, rolar dos olhos), a incapacidade de ouvir, não assumir quando estamos errados ou fazemos asneira, uma atitude de defesa (qualquer acusação é imediatamente mitigada com uma justificação) e o mal-dizer de outros (“eu detesto cusquices, mas sabias que a filha do Manel…?).

Como aprendemos que é perigoso não saber, estar errado ou falhar? De que formas fomos envergonhados ou maltratados por fazer asneira no passado? O que temos medo que aconteça se falharmos? Como aprendemos a exigir de nós nada abaixo da perfeição? E porque motivo é que exigimos dos outros aquilo que não nos conseguimos dar a nós?

Ao longo de 5 horas, com alguns exercícios práticos, mergulharemos nos dramas e traumas da infância, a partir de um lugar onde nos sentimos seguros, para expor as nossas vergonhas e medos, sentindo a leveza da nossa vulnerabilidade. O combustível do medo e da vergonha contém apenas dois ingredientes: que outros descubram e saber que algo de muito mau irá acontecer. O antídoto é muito simples, embora inicialmente difícil de obter: a honestidade. Sem secretismos a nossa vergonha dissolve-se instantaneamente.

Ao descobrirmos que por detrás de cada vergonha há ouro, lições valiosas, que nos permitem tornarmo-nos numa versão melhor de quem somos, a tranquilidade e capacidade de conexão com os outros melhora de maneiras que nunca pensámos ser possível.


  • Aprender a comunicar

As plataformas sociais digitais vieram aproximar mais as pessoas, tornando fácil contactar e partilhar as nossas vidas, não só com familiares e amigos mas também com estranhos que nada sabem acerca de quem somos ou o que somos. Em teoria isto soa a um avanço na nossa necessidade biológica de socializar. Na realidade estas plataformas contribuíram para o aumento das depressões, uma polarização da sociedade (se não concordas comigo então és oposição), aumento de doenças mentais entre jovens e adolescentes, como a disformia corporal (acreditar que há algo de errado com o aspecto físico da pessoa), aumento do bullying online, atraso no desenvolvimento motor em crianças, distúrbios alimentares, entre muitos outros.

A realidade é que de dia para dia nos sentimos mais sós, não somos ouvidos nem sabemos ouvir, e, tendo em conta diversos estudos, caminhamos a passos gigantescos para uma sociedade narcisista em busca constante da felicidade.

Neste mini-workshop iremos obter ferramentas que nos permitam ouvir-nos, aquietando a mente o  tempo suficiente para que nos seja possível prestar atenção às histórias que se vão contando internamente, para depois conseguirmos ouvir os outros.

Iremos ainda aprender e praticar técnicas simples que nos permitam lidar com qualquer tipo de conflito, seja em casa ou no trabalho.



  • Educação baseada na compaixão, vulnerabilidade e autenticidade

Há dois mil anos que todas as crianças são educadas a partir de três conceitos desumanos: a vergonha, o medo e a culpa. Digo conceitos porque estão associados à religião, ao medo de um deus, à vergonha da exposição à sociedade e à culpa de sermos humanamente imperfeitos. Este modelo de educação funciona muito bem se o objectivo for diminuir o potencial humano e criar uma sociedade obediente ao poder estabelecido.

Educar a criança, e o adulto, a partir da compaixão (“errar faz parte da condição humana” - em vez de corrigir ou castigar podemos permitir um espaço para aprender com os nossos erros), vulnerabilidade (“ser humano implica por vezes ser fraco, frágil ou sensível” - mostrar que ouvimos e permitimos um espaço onde qualquer emoção é bem-vinda) e autenticidade (“ser humano significa ser-se bom e mau, bonito e feio, meigo e bruto, sábio e ignorante” - por vezes somos maus, poderemos aprender em que situações esta qualidade pode ser útil?).

Crianças não aprendem através do que se lhes é dito mas sim e apenas através dos modelos, exemplos, comportamentais dos adultos. Pais podem dizer que amam o seu filho, mas se batem a porta com violência quando estão zangados, a criança aprende que amar é um jogo de competição, de ganhar ou perder - daí tantos adultos não conseguirem “perder” a razão.

Como nos demais mini-workshops, será criado um espaço para permitir exercícios práticos, expressão saudável de qualquer emoção e ainda ferramentas para dar continuidade a este trabalho.



  • Projeções

Nos primeiros anos da nossa vida fomos educados através da vergonha, medo e culpa. Ensinaram-nos que mentir é feio, fazer birra é mau, e dizer “não” equivale a perder o amor de alguém próximo. Expressões como “A mãe está triste porque te portaste mal” ou “Se voltas a tirar chocolates da caixa o pai vai fechar-te no quarto de castigo” ou ainda “Se não dás um beijinho à avó ela não gosta de ti”. Aprendemos a respeitar os outros antes de aprendermos a respeitar-nos. Há dois mil anos, pelo menos, que é esta a base da nossa educação.

Assim aprendemos a rejeitar qualidades que possuem uma expressão saudável e outra doente, negativa. Mentir é mau, e no entanto pode salvar-nos de uma situação de abuso, por exemplo. A desobediência pode dar origem a grandes transformações na sociedade. E por aí fora. Mas estas qualidades que nos ensinaram a reprimir e esconder, até de nós, gritam nos recessos mais escuros da nossa alma para serem libertos e experienciados. Como sabemos quais as qualidades que escondemos? A pessoa que eu não sou, projecto nos outros. O político é desonesto, assim fico livre para apontar o dedo em vez de assumir a minha própria desonestidade (quando finjo estar bem, ou digo sim quando quero dizer não, por exemplo).

Iremos reagir com mais agressividade quando alguém nos mostra as qualidades, ou defeitos, que insistimos não possuir. Não importa se é o primeiro ministro, a filha adolescente ou o marido. Enquanto acusamos os outros não temos que acordar para a totalidade que somos.

Neste workshop de 5 horas iremos dar início ao processo de resgatar as qualidades rejeitadas, eliminar comportamentos tóxicos, desde o amuar, gritar com um filho, a incapacidade de reagir ao chefe arrogante ou à tia vítima. Através de questionários directos, exercícios práticos que aplico nos retiros do Processo da Sombra Humana e pausas para sentir emoções, processá-las e permitir a sua expressão saudável.


Clicar aqui para mais informações.

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